quarta-feira, 19 de julho de 2006
Ler o papel ou ler o poema?
Assim, jogado ao chão, de longe, mal viu o papel e o julgou. O que era aquilo? Rabiscos! Algumas anotações muito específicas, porque nada se compreendia. Jogado assim, na rua, certamente são transcrições de algum estudante. Palavras sem nexo. Olha este papel, esta caligrafia! É lixo! Amassou todo o papel, e quando já ia lançando ao chão, lhe abordaram: "Teria a bondade de me devolver estes manuscritos? Deixei cair há pouco". Surpreso, e antes de entregar-lhe o papel, leu rapidamente com outros olhos e sorriu, porque enxergou que se tratava de uma bela poesia.
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