terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


‎| aos 60 anos, dificilmente serei uma garrafa ou um abacate. eu serei um elefante branco de 60 anos. então vou fazer tudo o que um elefante branco quiser e puder fazer, porque o lugar é aqui, a hora é agora e eu já sou o que me basta ser para ser o que eu quiser ser | 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

| não espere esperando... ja foi dito antes... |

| aos 60 anos, dificilmente serei uma garrafa ou um abacate. eu serei um elefante branco de 60 anos. então vou fazer tudo o que um elefante branco quiser e puder fazer, porque o lugar é aqui, a hora é agora e eu já sou o que me basta ser para ser o que eu quiser ser |



terça-feira, 29 de novembro de 2011

| como eu ia dizendo... |

|  um diálogo inteiro pode demorar uns 13 kilos de sal  |

quarta-feira, 6 de abril de 2011

| respirando e olhando o horizonte oblíquo |


|   porque o tempo segue... e eu preciso transformar o que me vem às mãos  |

quinta-feira, 31 de março de 2011

| até onde posso alcançar... |

|   estendo a mão, vou além, tentando alcançar...   |

sábado, 19 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

| eis que se faz metade |

( a chuva e meu espirito em conflito trouxeram estas palavras novamente )

 

M E T A D E °

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio, que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos e a boca, pois metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza, que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante, porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta à um homem inundado de sentimento, porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável, que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembro ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito, e que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer, porque metade de mim é platéia e a outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

| dois |

|   ...tão logo eu saiba ler...   |

domingo, 13 de fevereiro de 2011

| ...ainda é cedo e eu estou com medo de escrever |


| hoje acordei muito visceral e estou receoso das palavras que podem facilmente se rebelar e me causar conflitos. Não com quem possa ler este texto - até porque ninguém lê estas mediocridades. Falo de conflitos internos. Escrever é sempre equacionar algo oficialmente, no papel e aí sim começam os conflitos. E não é isso que quero pra hoje. Gostaria de estar leve, feito balões ao ar. Não, covarde não. Sempre estive pronto ao embate, como pode atestar o Dom Quixote, em uns textos mais abaixo. Apenas não sei se quero isso pra hoje, pra agora. A pedida do momento, de verdade, seria repetir exatamente a cena de ontem, quando o que eu mais quero, repousava sobre meu peito. Claro, antes que as coisas se esparramassem pelo chão  ou eu não saber mais se estavam no meu peito, se eram minhas, se aquele era eu. Sou simples demais. Não quero nada de metais nobres ou loucuras vazias de significado. Quero apenas que seja verdadeiro e construído para mim. E eu possa seguir, assim, de mãodadinhas  \o/\O/  |

sábado, 12 de fevereiro de 2011

| eu me repito. |



| nunca somos o mesmo rio |

sábado, 22 de janeiro de 2011

| de mãos dadas com o que há de permanecer enfim |

|   das coisas todas que tenho escolhido para fazer agora, cada uma delas, o que existe em comum, é o fato de querer fazê-las, todas elas, de mãos dadas com você, que há de permanecer, com estas ou outras tantas coisas, mas que permaneça de mãos dadas comigo.   o verdadeiro nome do projeto é o seu    |

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

| faz-se leve, sutil até nas cores |




| fazem-se leves, então, balões de gás... porque a mesma coisa que está dentro do balão, está fora do balão. Não há um "eu" separado pois tudo é de mesma origem. O que identifica cada parte, o que é dentro e o que é fora, o que faz  a distinção é sua cor. |

| o presente da consciência presente é um chá |

| Todas as louças, todas as ervas, os ritos e a chuva lá fora. E não é este o sabor da consciência. A reunião de todos estes fatores, por sí só, não é o presente. O presente mesmo é estar presente |

| ...à sombra de uma frondosa árvore |


| ...pois entre os galhos desta árvore tenho me equilibrado enquanto tomo meu café  |

| estava escrito |

|  continuo muito bom em leituras, em algumas circunstâncias, beiram a premonição.  e tenho lido sim, e muito.   muitas coisas boas, outras me deixam descontente, outras chegam a embargar a voz.   e entre uma linha e outra, é tudo perfeito como é.   não tenho problemas com o que está escrito, tenho problemas com o que, depois de escrito, é jogado fora, e faz deste leitor, um inventor  |

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

| por hora, nú |

|  sigo trocando de roupa.  sempre acontece quando roupas velhas não nos servem mais.  algumas delas já não me serviam, e a desconstrução promoveu a troca.   sorte a minha, entre as desconstruções que se configuram, poder mudar de roupa, assumir outras formas e outras cores de representação, ainda mais quando o momento é de festa, já que caminho de mãos dadas.   e enquanto novas peças são costuradas, estou eu aqui, com um painel cheio de recortes, retalhos, rabiscos e outras tantas referencias e, por hora, nú   |

domingo, 2 de janeiro de 2011

| 24 de setembro de 2010 |



| então o calendário romano anuncia o começo de outro período de 365 dias... hmmmm.. mas meu ano começou em outra data, e lá se vão mais de três meses. ano feliz, este. novas metas, novos sonhos, novos caminhos... ainda sou eu e minha existência, mas eis que então começou um novo ciclo e que trouxe consigo coisas novas, novos olhares, novas perspectivas, novas emoções, novos obstáculos a serem superados, tenho vivido um tanto de coisas boas (balançando as perninhas). e claro que votos foram feitos: que este ano dure todo ele, inteiro, já que nós (?) consideramos que um ano dura até que ele se acabe, e se ele for um bom ano, que acabemos nós, e que ele siga, porque o tempo mesmo, este, não existe, nós é que escolhemos quando começam e marcamos nossos eventos, ou somos marcados por ele, como preferirem ( inclusive eu ). |

| permita-me... |



| com quantas pausas se faz um respeito? cada vez que minha mediocridade é interrompida aqui neste esporádico depositário, sinto a coceira da atrofia. idéias medíocres, as terei sempre. todo o tempo, ainda mais eu, que em tempos de colheitas fartas, sofri bombardeios de coisas que, se mal sei o nome, bem sei o peso em mim depositado. se fui trazido pelo novo? a própria sintaxe dessas bobagens escritas pode atestar isso. continuo aqui, nunca o mesmo rio, sempre no campo, sempre em meio as colheitas, e só não chego até aqui porque, por hora, me falta uma peça. |

| a coisa e o seu lugar no mundo: semântica |




| e faz-se então o vazio das coisas. o que puder ser descrito neste exato momento, é fruto de uma cadeia complexa e causas e circunstâncias que permitiram tal leitura. quer um exemplo? retire este texto daqui...

...

o vazio é sagrado

|

| g a s s h ô ...___/|\___... |



| ano novo? todos em oração... eu, zazen |

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

| eu, público e notório |



| seguem se reconstruindo os motivos para escrever sobre as bobagens com as quais me importo. Se eu tenho escrito sobre? É só caminhar por aí, pelas terras de paz onde tenho pisado de pés descalços enquanto tomo meu café sobre madeira de demolição. Está tudo registrado em cada palmo aí |

quinta-feira, 22 de julho de 2010

| quando as idéias não correspondem aos fatos |



| oras, se não é "uma" coisa, é qualquer "outra" |

terça-feira, 20 de julho de 2010

| laranja, a cor que azuleja o dia |



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ainda em tempo, certas são as cores,
porque continuam os mesmos ventos originais
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ENCONTRO
Maria Gadú

Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim

Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você
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domingo, 18 de julho de 2010

| que transpareça a inocência |



| e sorte daquele que passa por todas as coisas e consegue manter a sua inocência, mesmo quanto tramam contra ela |

| a que custo se protege um coração? |



| Ninguém quer padecer das dores do coração. Certamente não é saudável usa-lo para futebol em campinho de várzea. Porém, escolher espontaneamente blinda-lo, privando-o de experimentar as coisas deste mundo, creio não ser o melhor a ser feito em defesa deste músculo, sob severa pena de atrofia. Sim, atrofia! É preciso exercitá-lo. No final das contas, terá sido muito mais valioso ter permitido que este músculo tenha um grande repertório de vivências, mesmo tendo passado por enfermidades, do que ter feito com que este tenha perdido suas capacidades fundamentais por falta de uso, e se tornado um mero bombeador de sangue |

segunda-feira, 12 de julho de 2010

||| e eu, que nada fiz... |||



|

||| cada novo olhar... |||



( ou "nunca será o mesmo rio... então cadê a minha lagoa?")

| cada vez que abro os olhos, cada vez que o olhar procura, a cada detelhe percebido, cada atitude manifestada, cada gesto, cada palavra proferida, cada mensagem indiretamente providenciada para acertar seu alvo bem específico, cada um destes elementos propõe um olhar diferente. Da parte que me cabe, eu, com o meu olhar, minha lente, minha percepção, cada vez que olho, vejo e registro de forma diferente, ainda que o "assunto" da foto seja o mesmo, a cada instante faz presente um novo olhar, porque nunca fotografamos o mesmo rio. E se o rio não tem sido o mesmo, em tempo, o fotógrafo também não. E um dia chega a hora deste, ancioso por uma lagoa, sossegar |

sábado, 10 de julho de 2010

eis que a metade segue inteira

volto, e este texto, já postado aqui antes, se faz necessário novamente. Para, depois da desconstrução, haver a reconstrução ( porque nunca somos o mesmo rio )

____

eis:

METADE - Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio, que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos e a boca, pois metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza, que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante, porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade. Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta à um homem inundado de sentimento, porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável, que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembro ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei. Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito, e que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer, porque metade de mim é platéia e a outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

eu, humildimente, uma pedrinha cheia de arestas



Sensei conta que ao longo do nosso caminho, no processo de aprendizado constante e disciplinado, somos todos pedrinhas com suas arestas, suas pontas, e optarmos pelo aprendizado é entrar em um pote que se fecha e é agitado, e justamente estas arestas, estas pontas entram em atrito com as arestas de outras pedrinhas até que nos tornamos arredondados. Possam todos os seres se beneficiar desta prática ...___/|\___...

domingo, 4 de julho de 2010

poxa, Nando Reis...




...poxa, Nando Reis...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

||| não é bem assim... |||



Parece uma passagem fácil. A chave fica dentro de uma gaveta alí perto. Estar dentro dessa sala nem é tão raro. A porta fica em posição de destaque. Tudo leva à porta. Estar naquela sala induz a passar por aquela porta. Pra quem chega até aqui, não há outro caminho, e nem outro motivo pra ter vindo. Quem vem até esta sala é porque, de fato, encantou-se com a porta. Tudo é para depois da porta. Tudo é a porta, e então não se percebe, sequer, a chave repousando livre e ansiosa dentro da gaveta no móvel logo ao lado.

terça-feira, 22 de junho de 2010

||| uma outra estação |||



Eu nem esperava, mas me deparei com algo que poderia ser uma viagem. Então reguei as plantas, fiz as malas e fui pro esperado embarque. E aqui estou, olhando os trilhos, curioso sobre o etinerário, sobre o destino, sobre a duração da viagem em boa companhia. Aqui estou, esperando. E então percebo que o trem está indo pra outra estação. E eu, vou tomar um café.

sábado, 5 de dezembro de 2009

||| eis, sereno...




eis que, de sereno, já me bastava andar pelos corredores. estive ausente, mas era colheita. e que se, tudo é colheita, agora ja até sei das cores e do linho branco, em branco...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

é chuva...


terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Hoje acordei jardineiro


Não poderei vestir minha calça larga de algodão crú e caminhar descalço pelos jardins. Não enquanto este jardim não estiver também primeiramente crú. O caminhar será prazer, será paz, será Zen também. Pregos no caminho? Não, isso tudo era até eu chegar nos jardins. Alí sim eu enfrentava pregos, pedras e seres de outra estação. Entrar nos jardins é respirar novos ares. Fujindo da longa jornada? Não, apenas me reservo ao direito de, entre uma jornada e outra, vir caminhar descalço nos jardins.

cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores...


"Um lado é parede, encosta... Outro lado é pequena árvore, beija..." Assim começa o ensaio sobre as atmosferas possíveis, relatando de imediato estes rústicos neurotransmissores... A cor que também azuleja o dia: AMARELO!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

| g a s s h ô |

"Não creiais em coisa alguma pelo fato de vos mostrarem o testemunho escrito de algum sábio antigo. Não creiais em coisa alguma com base na autoridade de mestres e sacerdotes. Aquilo, porém, que se enquadrar na vossa razão e, depois de minucioso estudo, for confirmado pela vossa experiência, conduzindo ao vosso próprio bem e ao de todas as outras coisas vivas : A isso aceitai como Verdade. Por isso, pautai a vossa conduta."


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

° Nina, o livro é meu e o café, repartimos cantando...


Continuei olhando atentamente cada xícara de café. Estive ausente mas o contato com certas atmosferas - estas sim, bem possíveis - me fez alcançar outras tantas xícaras. Ainda mais agora que, embalado ao som de Nina e procurado pela luz na sala ao lado, faço cada vez mais possíveis, aquelas atmosferas de um certo amanhecer. E consigo ver que o tempo não é pouco. É mal domado. Nina, me joga na letargia... Agora, mão alcança o livro da prateleira. E segue, assim, os passos deste "escrevedor" medíocre.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

| e no meio de tanta gente...

cada cada cada

sábado, 8 de setembro de 2007

que nem tudo é colheita... e tudo é colheita!!!


Ah, essas tardes... Sabe que, se por um momento, ouvi algo que significasse: "mas o que é isso?", por outro lado, outra vez o rosto no peito, e aquele monte de lisongeios espalhados por todo canto. E em outros dias em que saí para os campos de trigo, acompanhei detalhes que eu jurava ter passado desapercebido, e que depois presenteado com relevantes revelações. E o que é aquele sorriso? Sim, as coisas são importantes, tanto que aparecem no meio da cultura. E se nem tudo era colheira, nesses campos de trigo, tudo é colheita!

sábado, 1 de setembro de 2007

- satélite burro -


Nem todos os textos serão sobre Justine e Rogêt, mas é que, de dentro da loja de catados, tenho a grata satisfação de participar. Mesmo porquê... hahahahahaah. Nenhuma das coisas configura especificamente nada, senão aquilo que deveria ser natural até mesmo nos próprios catados desta loja. Que nosso satélite fica burro diante dos carinhos, é fato. Fica impossível conseguir analisar com isenção e dizer o que é morango, o que é ameixa e o que são as jaboticabas - ...ah, as jaboticabas!!! Hoje mesmo, Justine usou sua hora de folga para ir aos correios com o Rogêt, e não precisa ser como eu, com a lua de satélite, pra ver que, no mínimo, são belas frutas aquilo pairando na atmosfera, e pelo que conheço dos dois, já é festa!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Em nome de Justine e Rogêt




Será que vou ter que voltar pro meu blog? Não é nem por mim. É mais pela minha consideração com o Rogêt e a "soap opera' com Justine. Aliás, na última vez que Rogêt parou pra me contar das coisinhas e tals, me deu até que um pouco de inveja branca. Mas se isso significar simbolizar minha estima pelo Rogêt e lembrar sempre do sorriso da Justine, cá estou eu, não só por eles, mas também por tudo aquilo que vagueia livre por aqui, enquanto tomo meu café.

sábado, 10 de março de 2007

... não solte a minha mão!

Tenho caminhado sim. E não vou sozinho. Sempre há mãos que me ajudam. E toda mão é mão e toda ajuda é rica. Grande, branca, enrugada, negra, pequena, com cicatriz, seis dedos. Essas mãos fizeram e fazem a diferença na história que eu vou contar lá na frente. E eu também tenho mãos. Duas, pra ser mais exato. E arrumo mais algumas, e com muito gosto. Porque é isso que vale. Poder ter estas mãos todas, juntas. Preciso das suas mãos, e minhas mãos estão aqui e são suas. E isso é certo, é forte! Mas fica frágil diante da sua vontade.

terça-feira, 6 de março de 2007

FOI BOM ENQUANTO EU ME ENGANEI!

Era sim, uma história contada. Por mim, e o que eu achei que eram vozes contando, tolo engano, eram ecos. Eu contei coisas belas e que não foram recontadas. Reverberou. E eu ouvi achando que era uma história que havia agradado, já que era contada por eles também. Mas não era. E a história que eu contava, não interessava, sequer era ouvida, e aquele olhar nem era de quem prestava atenção. Eu já falava às paredes. Um mundo de surdos? Deficiência? Ou descaso... Devo mesmo estar de algum outro lado. Lado dos que não fazem certinho o que é pra se fazer. Agora muda de assunto porque a história, essa que eu contei... An? Que história? Me dá uma licencinha, volto já...



...opa, e aê, beleza?



...




(...e vou aprender a nunca esperar mais do que as pessoas podem me oferecer)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

INSIGHT

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Privar-se é o açoite do sentir e permitir-se é a celebração da essência. Mas o que eu mais tenho encontrado nesse meu caminho é o que eu não estou procurando. Se for lugar comum não saber o que se quer para si, saber o que não se quer já é metade da tarefa. Seja com um “não, obrigado!” ou com um “enfia no cu”, eu sim, continuo no exercício de recusar o que não está em comunhão comigo.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

E VEM...


O CÉU TÁ CALADO AGORA
MAS VAI DÁ CADA TRRRRUVÃÃO ...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

..um lar para os gnomos?



Eu desconfio que aqueles momentos de serenidade e aqueles outros, os de excitação mental, eles são gnomos. Certamente são! Porque surgem do nada. Trazem momentos muito bons, dos quais me lembro até na dentista. E que também não consigo reproduzi-los. Livres que são, aparecem, me fazem bem e, distraído com o bem estar, nem vejo que, pronto: se foram! E o que vou fazer para cessar estas aparições esporádicas? Oras, convidá-los para morar aqui! E minha nova tarefa será conviver com serenidade e excitação mental.

Dos degraus da xícara de café!

“É bom olha pra trás e admirar a vida que soubemos fazer. É bom olhar pra frente. É bom, nunca é igual, olhar beijar e ouvir cantar. Um novo dia nascendo.”
( Sr. Nando Reis )

Tomando meu café, ouvindo a chuva e ouvindo o grande Titã, lembro das coisas díspares que vão pontuando esse curioso caminho perseguido nestes 27 anos. A melhor companhia, a melhor música, o melhor café, a melhor paisagem, a melhor frase, o melhor olhar, o melhor beijo, o melhor sorriso e o que vai gerar a melhor lembrança... e nunca é tudo junto! E deve ser até melhor assim, porque se fosse tudo junto e estivesse de fato ficado para trás, a xícara de café teria degraus.

domingo, 26 de novembro de 2006

Se o que faltava era motivo...


Se o que faltava era um motivo pra eu escrever, eis aqui a falta de ar! Fui reclamar de um ar que não era o ideal para mim, e acabei ficando sem. Como é que eu fico sem ar? O que me enchia o peito agora causa dor pela ausência? Eu respirava e era tão natural... Até que o ar me faltou e de cara me veio a inconsciência. O corpo sente essas mudanças, com dor. Com o tempo passa. Embora ainda lembre de quando, numa certa manhã, na minha cama, eu respirava feliz. Vou me adaptar, assim como uma peleleca, que respira dentro e fora d'água, vou aprender a respirar diferente, já que não posso mais respirar feito um nene.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

AI SE SESSE


E se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Da vês que nois dois ficasse
Da vês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

... foi quando ele tomou consciência de que eram 15:52 de uma quinta-feira de maio do ano de 2003.

Deitado no chão, apoiado em uma almofada gostosa, lia mais umas quatro ou cinco páginas do mesmo livro. Uma brisa suave tocou seu rosto. Sorriu, fechou o livro e em um daqueles momentos preciosos em que luz é lançada sobre sua consciência, pode se ver, alí onde estava, e onde estava o resto do mundo. Algo pensava por si, e lhe mostrava que era 15:52 de uma quinta-feira de maio do ano de 2003.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Meu café ou seu gosto?




Viu só como tem gente especialista no assunto dizendo que o meu café é bom? Eu tomo o meu café e acho ele bom. Outros tomam o meu café e podem achar bom, ou não. Aí vem um especialista em degustação e diz que sim, meu café tem tons ricos, notas fortes, é encorpado, cuidado no preparo, e isso já é conhecimento técnico sobre o assunto. Então, meu café é bom sim, e o seu gosto, é?

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

CELEBRAR OU PERMITIR-SE!!



Panis Et Circenses

Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e leões nos quintais
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso punhal
Para matar o meu amor e matei
Às 5 horas na Avenida Central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes, procurar, procurar
Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

terça-feira, 25 de julho de 2006

A caminho das atitudes certas no momento certo.


E assim, no meio da chuva, céu escuro, eu acerto no cobertor, no café. Curto muito ficar sentado aqui na janela, vendo as gotas escorrerem no vidro. Me faz bem aquele momento em que divido meu café com Dom Quixote. Acerto na vontade do soninho com o barulhinho dos pingos. E as coisas vão caminhando, sabendo aproveitar as coisas boas da chuva, e já com planos para os tempos de sol.

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Ler o papel ou ler o poema?


Assim, jogado ao chão, de longe, mal viu o papel e o julgou. O que era aquilo? Rabiscos! Algumas anotações muito específicas, porque nada se compreendia. Jogado assim, na rua, certamente são transcrições de algum estudante. Palavras sem nexo. Olha este papel, esta caligrafia! É lixo! Amassou todo o papel, e quando já ia lançando ao chão, lhe abordaram: "Teria a bondade de me devolver estes manuscritos? Deixei cair há pouco". Surpreso, e antes de entregar-lhe o papel, leu rapidamente com outros olhos e sorriu, porque enxergou que se tratava de uma bela poesia.

sábado, 15 de julho de 2006

PAGO QUANTO PESO!

"A minha maneira de pensar, você diz, não pode ser aprovada. E que me importa? Bem idiota é aquele que adota uma maneira de pensar para os outros! Não é a minha maneira de pensar que provoca a minha desgraça. É a maneira de pensar dos outros."

Monsieur Sade

ACORDO MOINHO DE VENTO


Café sem açúcar, coado em filtro grosso. Enquanto tomo meu café, penso sobre o travesseiro. Como posso dormir diferente e acordar igual? Sou, de cara, o mais bravo cavaleiro que conheço. Armadura à beira da magia, ainda que com dores físicas reais. Bravura que não mede altura ou largura dos adversários. Destemido que mal vejo medalhas, e sempre pronto ao embate, quando o adversário se dispõe, é claro. Durmo de armadura, espada na bainha, mas acordo feito moinhos de vento, tímido frente ao Sancho Pança.
gravura: Quixote - Salvador Dalí, 1971